O fenômeno conhecido como ciclone bomba pode provocar temporais, granizo e ventania para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina
A possível formação de um “ciclone bomba” vai levar temporais, granizo e ventania para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina entre esta quinta-feira, 24, e sexta, 25. O ciclone bomba ganha este nome por conta da rápida intensificação do sistema, o centro de pressão cai em pouco tempo. “Vamos ter uma queda de 19 milibares em 24 horas, normalmente um ciclone bomba clássico chega a 24 milibares em apenas um dia, mas de qualquer maneira será um sistema intenso e que pode trazer transtornos para parte do sul do Brasil”, diz Celso Oliveira da Somar.
A fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai deve ser a área mais atingida na manhã desta quinta-feira com ventos intensos de até 90 km/h. Além disso, vamos ter a ocorrência de chuva intensa com acumulados de 70 milímetros em Uruguaiana e Barra do Quaraí nas próximas 24 horas. Entre a sexta, 25 e sábado, 26, a parte central do Rio Grande do Sul passa a ser atingida pelo sistema, por conta de uma frente fria associada a este sistema. O nível dos rios deve aumentar e vamos ter a paralisação das atividades de campo no Rio Grande do Sul. Estamos na instalação inicial das culturas de inverno.
As tempestades devem avançar para Santa Catarina e o Paraná. Embora o volume desta chuva não seja elevado no fim de semana, os ventos serão intensos e vão ser registradas muitas descargas elétricas. “Pensando na agricultura, é preciso ter cuidado com relação à queda de raios no campo”, diz Celso. Na semana que vem, o frio ganha intensidade e abrangência. A atualização dos modelos numéricos de previsão do tempo estão indicando agora geada entre segunda, 29, e terça, 30, em áreas de milho do oeste do Paraná e também em algumas áreas do sul de Mato Grosso do Sul, algo que a gente ainda não chegou a ver este ano. No centro-oeste o frio paralisa as atividades de maturação do algodão. O frio avança pelo Sudeste, mas por enquanto, sem frio intenso com geada para as lavouras de café. “Seguimos o monitoramento”, diz Celso.